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PF envolve Bolsonaro na conclusão de inquérito sobre "Abin paralela"

17 jun 2025 - 22h01
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A Polícia Federal envolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos aliados na conclusão do inquérito que investiga o suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal de autoridades, durante seu mandato presidencial, informou nesta terça-feira uma fonte com conhecimento direto da investigação.

Entre os indiciados está o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa -- indicado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva -- por suspeita de ter atuado para prejudicar as investigações da PF, de acordo com a fonte, que falou sob condição de anonimato.

As informações foram divulgadas inicialmente pela GloboNews e confirmadas à Reuters por essa fonte.

Em comunicado, sem citar nomes, a PF confirmou a conclusão do inquérito descrevendo a "existência de uma organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Abin, no caso que ficou conhecido como 'Abin Paralela'".

Mais tarde, uma segunda fonte da PF esclareceu que, como Bolsonaro já é réu por organização criminosa na trama golpista, ele não foi indiciado por esse crime neste momento.

O relatório final da investigação já está no Supremo Tribunal Federal (STF), mas está sob sigilo, segundo a PF.

Bolsonaro, que já é réu no STF acusado de tentativa de golpe de Estado, tinha consciência do esquema ilegal de espionagem da Abin e se beneficiava dele, de acordo com a investigação da PF citada pela fonte.

O esquema teria sido montado pelo diretor-geral da Abin no governo Bolsonaro, o agora deputado federal Alexandre Ramagem, apontaram as investigações, de acordo com a fonte.

O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, disse à Reuters que não conhecia o caso e não tinha visto o relatório da PF.

Procurada, a assessoria de Ramagem não respondeu de imediato a pedido de comentário. Perguntada sobre o indiciamento do atual diretor Corrêa, a Abin disse que não vai se manifestar.

Filho de Bolsonaro e acusado de comandar o chamado "gabinete do ódio" para atacar adversários nas redes sociais, Carlos Bolsonaro também foi indiciado. "Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!", afirmou Carlos na rede social X.

No ano passado, a Reuters havia noticiado que a estrutura paralela na Abin montada no governo Bolsonaro havia monitorado ao menos três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), assim como o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e até uma promotora de Justiça que investigava o assassinato da vereadora Marielle Franco.

Após o indiciamento, cabe agora à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se oferece denúncia criminal contra os envolvidos -- inclusive Bolsonaro, mesmo não tendo sido indiciado neste caso.

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